A jornalista e produtora Luisa Nogueira, falou com o Secretário Adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária, José Angelo, sobre os novos mercados de capitais para a distribuição do agronegócio. O Secretário participou dos painéis realizados no segundo dia do Congresso Andav – Associação Nacional dos Distribuidores de insumos agrícolas e veterinários- 2022.
Segundo Ângelo, aumentar o volume de recursos para os produtores esteve no foco da pasta desde 2020, quando foram aprovados novas leis para o agronegócio. “Conseguimos trabalhar firme na edição dessas duas leis, as leis do agro. E agora com a 14421, que transformou a CPR em um instrumento espetacular para o produtor rural, para o empresário do agronegócio ter acesso a dinheiro em condições mais favoráveis e em maior volume”.
Mas mesmo com essas iniciativas o secretário ressalta que o grande gargalo é o seguro rural. “O estado precisa internalizar a importância do programa de subvenção ao seguro rural. Porque o seguro, ajuda o produtor a gerenciar seus riscos, aumentar resiliência de suas atividades e ter um acesso melhor a endocrédito, porque tendo essa garantia o credor fica mais propenso a emprestar dinheiro”.
E falando nas iniciativas do governo, a demora do anúncio do Plano Safra, também foi uma questão entre os produtores, já que muitos dependem do recurso. O secretário destacou que o plano, é fundamental e a atuação do governo se justifica onde há falha de mercado.
“Então o crédito para o agro possui fragilidade para o pequeno agricultor de investimento, nisso o plano safra vai ser necessário sempre. Agora para produtor maior, pra custeio, o mercado privado já atende perfeitamente, pavimentamos esse caminho. E a CPR que logo depois da publicação da lei do agro 1, em que o estoque era de 17bilhões de CPR registrado, este ano bateu 170bi, ele cresceu e o mercado tá respondendo isso. Nós estamos pavimentando essa rodovia para o produtor, e não queremos ficar todo ano discutindo dinheiro de plano safra, porque o agro tá crescendo demais e o governo nunca vai suprir o agro todo”.
