As exportações brasileiras de carne bovina atingiram em julho de 2025 o maior volume mensal da história, desde o início da série do governo em 1997. Foram enviadas 313.682 toneladas ao exterior, gerando uma receita de US$ 1,67 bilhão. O resultado representa um crescimento de 15,6% em relação a junho e de 17,2% sobre julho de 2024, quando o país exportou 267.885 toneladas.
Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), entidade que reúne 47 empresas responsáveis por 98% da carne bovina exportada pelo Brasil e atua na expansão do mercado internacional do produto.
A China manteve-se como principal destino, comprando 160.600 toneladas, que representaram US$ 881,9 milhões em receita, aumento de 18,1% sobre junho e de 16,7% em relação a julho de 2024. Em seguida, aparecem os Estados Unidos, com 18.200 toneladas (US$ 119,9 milhões), México, com 15.600 toneladas (US$ 88,3 milhões), Rússia, com 13.800 toneladas (US$ 61,5 milhões), e a União Europeia, com 11.800 toneladas (US$ 99,4 milhões).
O crescimento foi puxado pela carne bovina in natura, responsável por 88,3% do total exportado, com 276.900 toneladas, aumento de 14,8% sobre junho e de 16,7% frente ao mesmo mês de 2024. Os miúdos representaram 6,2% do total e os produtos industrializados, 3,3%, ambos registrando crescimento expressivo em relação ao mês anterior.
No acumulado de janeiro a julho, o Brasil exportou 1,78 milhão de toneladas de carne bovina, gerando receita de US$ 8,9 bilhões, aumento de 14,1% em volume e de 30,2% em receita em comparação ao mesmo período de 2024. A China lidera com 801.800 toneladas (US$ 4,10 bilhões), seguida pelos Estados Unidos, com 199.700 toneladas (US$ 1,16 bilhão), Chile, com 69.300 toneladas (US$ 373,3 milhões), México, com 67.700 toneladas (US$ 364,6 milhões), e Rússia, com 60.000 toneladas (US$ 252,6 milhões).
Alguns mercados tiveram crescimento expressivo sobre 2024, como México, com alta de 217,6% em volume; União Europeia, 109,7%; Canadá, 101,1%; Angola, 49,3%; Geórgia, 10,8%; e Arábia Saudita, 26,9%. Ao longo de 2025, a carne bovina brasileira já chegou a cerca de 160 mercados, consolidando o país como maior exportador mundial e ampliando a presença em regiões estratégicas, como Oriente Médio, Sudeste Asiático e Leste Europeu.
Segundo a ABIEC, os resultados reforçam a competitividade da carne bovina brasileira e mostram o trabalho integrado da cadeia produtiva para atender diferentes perfis de consumo no mundo. O cenário para o segundo semestre permanece positivo, com expectativa de manutenção da demanda e abertura de novas oportunidades comerciais.
