Com o possível alastramento da gripe aviária para grandes fazendas comerciais no Brasil o impacto anual pode chegar de R$ 21,7 bilhões com sérios danos à economia do país, o maior exportador de frangos do mundo. A estimativa é do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro).
A agência elaborou um relatório sobre o prejuízo financeiro desse cenário hipotético a pedido da Associação Nacional dos Auditores Fiscais Federais da Agricultura (Anffa Sindical). O estudo examina os efeitos diretos e indiretos nas exportações, geração de renda, salários, impostos e empregos.
O estudo também estima a perda potencial de 6.000 empregos formais em todos os setores, incluindo 26.000 no setor agrícola. O impacto sobre os salários seria de aproximadamente R$ 1,25 bilhão.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) classificou o Brasil com o status “livre da doença”, uma vez que não foram detectados focos de gripe aviária em granja comercial. No entanto, a enfermidade já foi detectada em aves silvestres nos três Estados do Sul, maior região produtora de frango do Brasil, o que acendeu o alerta no mercado brasileiro. Além disso, também houve um foco em pato de criação doméstica em Serra (ES). Até agora, são 61 focos no total no país.
