Duas novas cultivares de soja com a tecnologia Intacta2/Xtend® (I2X) estão disponíveis no mercado, oferecendo vantagens significativas para os produtores. Desenvolvidas pela Embrapa em parceria com a Fundação Meridional, as cultivares BRS 2361 I2X e BRS 2058 I2X se destacam pela resistência aos herbicidas glifosato e dicamba, além de oferecerem resistência às principais pragas e doenças que afetam a soja.
Essas variedades apresentam grande potencial produtivo, com impacto positivo esperado para a safra 2024/2025. A alta produtividade e as vantagens comparativas em relação às cultivares atuais são um atrativo.
Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Carlos Lásaro Melo, a BRS 2361 I2X alcançou produção superior a 5 mil quilos por hectare (kg/ha) em testes. Além disso, a BRS 2361 I2X é resistente a doenças como cancro da haste, podridão radicular de Phytophthora, pústula bacteriana e apresenta resistência moderada à mancha-olho-de-rã. Ela pertence ao grupo de maturidade 6.1, com ciclo médio de 120 dias, e se destaca em altitudes superiores a 600 metros, especialmente nas regiões do Paraná e São Paulo.
“Outro destaque é que ela permite a semeadura antecipada, viabilizando a semeadura do milho safrinha na melhor ‘janela’ de plantio, na região em que a cultivar está indicada”, acrescenta Carlos.
A BRS 2058 I2X, por sua vez, se destaca pela adaptabilidade à região Sul do Brasil, abrangendo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Com ciclo médio de 125 dias e pertencente ao grupo de maturidade 5.8, ela é indicada para altitudes acima de 650 metros. A cultivar também apresenta resistência a doenças como cancro da haste, pústula bacteriana e podridão radicular de Phytophthora, além de resistência moderada à mancha-olho-de-rã e ao nematoide de galhas M. javanica.
A resistência à Phytophthora, doença que tem causado perdas significativas em cultivares suscetíveis, é um diferencial importante da BRS 2058 I2X. “Nas últimas safras, essa doença tem levado à morte de muitas plantas em lavouras de soja, especialmente nas regiões mais frias”, destaca o pesquisador Antonio Pipolo.
