O fenômeno El Niño teve sua probabilidade de intensidade mais forte elevado pela Agência Climática dos Estados Unidos – NOAA. A agência elevou essa probabilidade de 71% para até 85%. O cenário preocupa porque a intensidade maior pode trazer alguns efeitos severos no Brasil. Segundo o Inmet devemos ter mais seca no norte do país e mais chuvas no Sul, uma característica que deve se alternar entre os meses de novembro e dezembro.
A partir de novembro o volume de chuva deve começar a aumentar no Centro-oeste de Goiás, no Sul de Minas e no interior de São Paulo, essa é a tendência considerando os meses de novembro, dezembro e janeiro. Já para o Rio Grande do Sul a tendência é de chuva acima da média nesse período. “A tendência é de chuva acima da média no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. E uma novidade para essa temporada é, esse volume de água também no estado do São Paulo e parte do Mato Grosso do Sul”, explica o meteorologista do Inmet Marcelo Schneider.
Segundo Schneider, o efeito do El Niño deve chegar de forma dupla, primeiro a umidade beneficiando a cultura da soja em várias regiões, como, São Paulo, partes do Sul de Minas, parte do Mato Grosso do Sul e centro-norte do Paraná e Sul do Mato Grosso. “Já por outro lado a expectativa é que em áreas, como, interior da Bahia e partes do Matopibá, região do Pará, norte do Mato Grosso, são áreas que terão chuvas abaixo do normal”, ressalta. De acordo o levantamento Inmet, a primavera segue em novembro com altas temperaturas e com quebra de recordes nessas regiões, e muitas já tem alcançado temperaturas acima dos 45ºC.
Essas altas temperaturas é o que preocupa, já que podem ter um efeito prejudicial na germinação das culturas. Já para o mês de dezembro é prevista a janela de intervalo, colaborando para as atividades agrícolas, inclusive da safra de verão, com chuvas mais regulares no Sul do Brasil e temperaturas elevadas no centro-norte do país.
Para janeiro a previsão são de chuvas acima da média na região do Matopibá, Bahia e Tocantins. Na região Sul, as chuvas devem ser regulares e temperaturas mais altas e com calor bem acima do normal na maior parte do Brasil.
