Comercialização do algodão segue lenta em meio a incertezas no mercado internacional

por | abr 10, 2025

O mercado físico de algodão em pluma continua registrando ritmo lento neste período de entressafra. Um dos principais fatores por trás dessa desaceleração são as tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que têm provocado instabilidade nos preços futuros da commodity.

No cenário nacional, levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) indica que a comercialização está sendo limitada principalmente pela disparidade de preços e/ou pela qualidade dos lotes disponíveis. Como resultado, os negócios seguem travados, e as médias de valores oscilam dentro de uma faixa estreita.

Segundo o Cepea, os compradores permanecem cautelosos, demonstrando interesse apenas em repor estoques. Por outro lado, os vendedores mantêm suas ofertas firmes, focados no cumprimento dos contratos a termo já estabelecidos.

No mercado externo, os números também refletem essa retração. De acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 239,06 mil toneladas de algodão em pluma no mês de março. Esse volume representa uma queda de 13% em relação a fevereiro deste ano e de 5,4% na comparação com março de 2024.

Diante desse cenário, é importante que o produtor acompanhe de perto os desdobramentos do mercado internacional e avalie cuidadosamente suas estratégias de comercialização.