O mês de março será marcado por condições climáticas variadas nas áreas produtoras de café, influenciando diretamente o desenvolvimento das lavouras. Segundo a agrometeorologista da Rural Clima, Bruna Peron, algumas regiões seguirão sob alerta devido à baixa umidade, enquanto outras terão chuvas recorrentes.
Bloqueio atmosférico reduziu chuvas em fevereiro
O baixo volume de chuvas nas regiões cafeeiras durante fevereiro foi causado por um bloqueio atmosférico localizado entre São Paulo, Minas Gerais e Bahia, que inibiu a formação de nuvens de chuva significativas. “Isso contribuiu para o forte calor, além do déficit hídrico“, explica Bruna Peron.
Chuvas em março: distribuição irregular
As previsões indicam que as regiões cafeeiras do norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia devem continuar em alerta, pois o retorno das chuvas só é esperado a partir da segunda quinzena do mês e ainda de forma mal distribuída. Em contrapartida, no estado de Rondônia, as chuvas serão recorrentes e abundantes.
O estado de São Paulo ficará em uma situação intermediária, com chuvas irregulares e volumes variáveis. “As chuvas no estado paulista ainda poderão ser irregulares e de forma mal distribuída”, alerta a especialista.
Temperaturas elevadas na primeira quinzena
A primeira quinzena de março deve trazer temperaturas acima da média, devido à permanência do bloqueio atmosférico, que não apenas inibe as chuvas, mas também favorece a elevação das temperaturas. No entanto, com a chegada do outono, espera-se que a segunda quinzena registre temperaturas ligeiramente mais amenas. “Por enquanto, não há outra onda de calor no radar”, destaca Bruna Peron.
Com esse cenário, os cafeicultores devem permanecer atentos ao clima e buscar estratégias para mitigar os impactos da irregularidade das chuvas e das altas temperaturas em suas lavouras.
