O mês de março promete seguir com condições climáticas variadas pelo Brasil, impactando diretamente a colheita da safra de verão e o plantio do milho safrinha. Segundo a agrometeorologista da Rural Clima, Bruna Peron, a previsão indica chuvas frequentes em algumas regiões e um período de temperaturas elevadas, especialmente na primeira quinzena do mês.
Chuvas podem afetar colheitas
Para a região central do Brasil, a colheita está próxima da finalização, mas as chuvas recorrentes devem persistir ao longo do mês. “Isso em alguns momentos poderá atrapalhar as colheitas, porém não há indicativo para invernadas ao longo de março”, explica Bruna Peron.
No Sul e Sudeste, o mês começa com tempo seco, com chuvas retornando de forma significativa ao final da primeira semana. “O mês de março tende a ser com chuvas até que recorrentes sobre estas regiões, porém ainda poderemos ter intervalos prolongados entre as chuvas em algumas áreas, especialmente para RS, SP e MG”, destaca a especialista.
Na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o padrão de chuvas varia. “Especialmente para TO e MA, as chuvas seguirão com frequência e até podendo atrapalhar as colheitas em alguns momentos. Para áreas do PI e BA, as chuvas mais irregulares e maiores aberturas de sol poderão beneficiar as colheitas, porém essa falta de chuvas nestas áreas poderá afetar a umidade do solo e, consequentemente, o plantio do milho safrinha.”
Calor intenso na primeira quinzena
As altas temperaturas devem continuar pelo menos na primeira metade do mês. “O calor ainda poderá persistir durante a primeira quinzena de março, principalmente para áreas do Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil”, alerta Bruna Peron. No entanto, nas demais regiões, a ocorrência de chuvas ajudará a manter os termômetros mais amenos, reduzindo extremos de temperatura.
Previsão para as chuvas
As chuvas recorrentes e os bons volumes seguirão marcando o Norte e Centro-Oeste, além de parte do Nordeste, como o norte do Piauí e Ceará. No Centro-Sul, chuvas mais abrangentes devem retornar apenas a partir da segunda semana de março, mas com a possibilidade de irregularidades. Com esse cenário, os produtores devem continuar atentos às previsões e adaptar suas estratégias para minimizar impactos e aproveitar as janelas climáticas favoráveis.
