O agronegócio nas passarelas do samba!
Carnaval e agronegócio, você já pensou na relação desses dois universos completamente diferentes? Que o Brasil tem vários “países” dentro dele mesmo, já sabemos, o diferente nessa história toda é quando esses dois “universos” distintos se encontram.
Vamos falar das vezes em que o agro brilhou na Sapucaí? Isso mesmo, o agronegócio já foi tema de muitos sambas na Marquês de Sapucaí. E se estamos falando de um dos maiores espetáculos do mundo, por que não destacarmos a maior produção de alimentos do mundo, nesse palco chamado Carnaval, não é mesmo?!
Entre homenagens e críticas sociais, o agro já foi retratado das mais diversas formas. Este ano, é através da pecuária que ele entra na avenida. A escola Paraíso do Tuiuti, no grupo especial do Rio de Janeiro, chega com o tema “Mogangueiro Da Cara Preta”. O samba que tem como figura central o Búfalo, mistura cultura africana com as manifestações culturais na Ilha de Marajó, no Pará e a chegada dos animais ao Brasil. Vale destacarmos que o estado lidera a produção de bubalinos no Brasil, com 38,13% da produção nacional.
Em outros momentos nosso agronegócio também esteve presente na avenida, como, em 2018 no Carnaval de São Paulo, quando Rosas de Ouro e Dragões da Real, apresentaram a cultura da roça na avenida. Dragões da Real teve como tema a música caipira, destacando o sertanejo e sua explosão na indústria musical brasileira.
Naquela ocasião, com o enredo, “Pelas estradas da vida. Sonhos e aventuras de um herói brasileiro”, Rosas de Ouro teve a “Ala do Charme”, que trouxe fantasias que retratavam roupas do campo, mostrando também os alimentos que são produzidos nas lavouras brasileiras e transportados pelos caminhoneiros.
A escola Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio de Janeiro, também em 2018, com o enredo “Namastê… a estrela que habita em mim, saúda a que existe em você”, destacou riquezas agrícolas, como cana-de-açúcar. A escola também lembrou em seu enredo a pecuária brasileira, destacando os zebuínos que desembarcaram no Brasil vindos da Índia, com o guzerá e o giro, que deram origem ao indubrasil.
E o nosso agro também teve alguns momentos marcantes da avenida, como, em 2016 quando a escola Vila Isabel com o enredo “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um”, exaltou a agricultura. E nesse mesmo ano, a escola Beija-Flor, foi vice-campeã do carnaval carioca, com um enredo sobre cavalos mangalarga marchador.
E aquele foi um ano em que verdadeiramente o agronegócio foi homenageado e celebrado na avenida, além dos enredos acima, a escola Imperatriz Leopoldinense, levou pra Sapucaí o enredo “É o amor que mexe com minha cabeça e me deixa assim… Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil”, falando do estilo de vida no campo.
Ainda em 2016, em São Paulo, a X-9 Paulistana escolheu como tema o açaí e exaltou a cultura, que é forte no Belém do Pará. No grupo de acesso, a paulista Mancha Verde falou sobre Mato Grosso com o enredo “Mato Grosso, uma Mancha Verde no coração do Brasil”. E também no Carnaval paulista, foi a Vai-Vai que investiu em um tema do campo ao fazer um desfile valorizando os vinhos brasileiros.
