Estudos americanos apontam que a produção de carne bovina deve cegar a 12 milhões de toneladas nos próximos dez anos. Segundo a Embrapa, esses mesmos estudos indicam que a produção de alimentos no Brasil apresentará a maior taxa de crescimento entre os maiores produtores e consumidores de alimentos no mundo.
Afinal, o que espera a pecuária brasileira em dez anos? Levando em conta as exigências europeias e também de outros países para a produção agropecuária, uma produção mais sustentável já é fato.
O CEO da Agroamazonia, Roberto Motta, presente na Andav 2023, falou sobre a profissionalização do setor com aumento de tecnologia para mais produtividade. “A gente acredita numa quantidade bem grande, não sei se há 27, 30 ou 40. O governo está falando em 40 milhões de hectares e nos próximos anos, talvez até 2050, alguma coisa assim, quem sabe até antes, vamos ter um aumento da área de agricultura e esse aumento virá de onde? De desmatamento? Não de abertura de novas áreas? Não, vai vim da área de pastagens degradadas, essas áreas de pastagens degradadas vão virar agricultura porque o mundo precisa de produção de alimentos, porque o mundo cresce hoje numa média de 200.000 pessoas por dia, de maneira líquida”.
De acordo com Roberto, o Brasil possui uma estrutura de solo, topografia, clima, além de tecnologia global para os produtores. A ideia central é que sejam reduzidas as áreas de pastagens, porém aumentando o número de cabeças por hectares. “Hoje depende da região, é 1,21 ponto cinco cabeça de gado por hectare. Isso vai aumentar para dois, três no futuro. Para isso, precisa de usar mais tecnologia para aumentar a produtividade, para você suportar todo esse crescimento”, explicou Roberto.
