Fundação Procafé avalia danos significativos em áreas pontuais, mas reforça que episódio não afeta o volume total da safra brasileira
A chuva de granizo que atingiu diversas propriedades do Sul de Minas na última sexta-feira, 25 de julho, causou estragos expressivos em lavouras de café, gerando preocupação entre produtores da região. No entanto, segundo avaliação técnica da Fundação Procafé, os impactos, apesar de severos para os cafeicultores diretamente afetados, não devem interferir de forma significativa no volume total da safra 2025.
“É muito difícil mensurar esse impacto. Sabemos que, em termos de granizo, é um impacto grande, mas, logicamente, em termos de mudar uma safra ele é insignificante”, explicou o pesquisador Alysson Fagundes da Fundação em entrevista. “Infelizmente, a chuva de granizo é danosa para quem é atingido, mas, por mais abrangente que pareça, não tem peso suficiente em área para alterar a safra ou o preço do café.”
Uma das maiores ocorrências já registradas
 A chuva do dia 25 foi considerada uma das mais intensas já observadas nos últimos anos, sendo comparada ao evento ocorrido em 2 de outubro de 2023, que também deixou marcas profundas em diversas regiões produtoras. Apesar do estrago visível em algumas propriedades, a abrangência do granizo ainda é considerada pontual dentro do cenário nacional. Por isso, os especialistas da Fundação destacam que o efeito sobre os preços de mercado deve ser praticamente nulo, uma vez que a produção nacional como um todo permanece estável.
A chuva do dia 25 foi considerada uma das mais intensas já observadas nos últimos anos, sendo comparada ao evento ocorrido em 2 de outubro de 2023, que também deixou marcas profundas em diversas regiões produtoras. Apesar do estrago visível em algumas propriedades, a abrangência do granizo ainda é considerada pontual dentro do cenário nacional. Por isso, os especialistas da Fundação destacam que o efeito sobre os preços de mercado deve ser praticamente nulo, uma vez que a produção nacional como um todo permanece estável.
Prejuízos diretos para produtores atingidos
Embora o impacto para a safra geral seja limitado, os prejuízos nas lavouras afetadas são concretos. A principal preocupação imediata é a perda de parte da produção 2025 devido ao dano físico causado pelas pedras de gelo.
Além da quebra dos ramos e queda de folhas e frutos, há riscos agronômicos secundários, como a entrada de doenças fúngicas, especialmente em lavouras atingidas com intensidade média a moderada. Para esses casos, a Fundação recomenda ação rápida:
“As lavouras que foram atingidas em intensidade baixa, média-baixa ou média ainda têm chance de recuperação, mas é necessário entrar em até 48 horas com tratamento cúprico e um fungicida específico. Quanto mais rápido, melhor será o controle e a prevenção de doenças”, orientou o especialista.
Leia também:
Coffee Connect realiza etapa inédita no Espírito Santo e destaca o protagonismo do café Conilon
 Safra 2026: boas expectativas, mas sem euforia
Safra 2026: boas expectativas, mas sem euforia
Olhando para o futuro, a perspectiva da safra 2026 começa a se desenhar como positiva, embora ainda com cautela. Conforme avaliação da Fundação Procafé, a próxima temporada poderá ser boa, mas não deverá atingir o patamar histórico das safras de 2018 e 2020.
“Ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa com precisão, mas já podemos garantir que a safra 2026 não será superior à de 2018 nem à de 2020. Esperamos que seja boa, mas precisamos acompanhar de perto as condições climáticas e a recuperação das lavouras afetadas.”
Safra de Café 2025: quebra é confirmada e colheita surpreende pela antecipação
 
			  
 
									 
									 
									