Clima atual favorece colheita, mas incertezas seguem no radar
O Brasil está, atualmente, sob uma fase de neutralidade climática, o que significa ausência de fenômenos como El Niño ou La Niña. De acordo com o meteorologista David Moura, do canal Tempo e Clima Brasil, essa condição traz mais estabilidade no curto prazo.
“Estamos em uma fase de neutralidade climática, ou seja, sem a presença ativa de El Niño ou La Niña. Esse cenário tende a trazer uma maior regularidade nas condições de temperatura e chuva no curto prazo, o que é positivo para o andamento da colheita.”
Apesar do momento de maior equilíbrio, os modelos climáticos já apontam uma possível mudança no cenário a partir do segundo semestre de 2025. Moura destaca que, “Modelos climáticos já indicam a possibilidade de uma nova La Niña se formar a partir do segundo semestre, mas vale ressaltar que a possibilidade ainda é remota, com apenas 41% de chance.”
Para o setor agropecuário, esse alerta reforça a necessidade de atenção constante às previsões. “O setor precisa se preparar para um cenário em que a instabilidade climática continua sendo uma variável importante.”
Segunda quinzena de abril: clima favorece colheita em regiões cafeeiras
Nas próximas semanas, as principais regiões produtoras de café do Brasil — Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rondônia e Rio de Janeiro — devem sentir os efeitos da redução gradual das chuvas, o que traz alívio para o início da colheita.
 “A previsão para a segunda quinzena de abril indica uma tendência de redução das chuvas, principalmente no Sudeste e parte do Centro-Oeste, o que favorece o início da colheita em áreas precoces.”
“A previsão para a segunda quinzena de abril indica uma tendência de redução das chuvas, principalmente no Sudeste e parte do Centro-Oeste, o que favorece o início da colheita em áreas precoces.”
A condição mais seca é benéfica tanto para a qualidade dos grãos quanto para o processo de secagem natural, desde que não se prolongue demais. “O tempo mais seco contribui para a qualidade da colheita e para a secagem dos grãos, desde que não haja estiagem prolongada que comprometa lavouras em fase final de enchimento.”
Em Bahia e Rondônia, ainda há chance de pancadas de chuva, comuns no período de transição entre estações. Mesmo assim, a tendência é de redução à medida que o mês de maio se aproxima. “O produtor deve estar atento às janelas de tempo seco para planejar a entrada das máquinas e otimizar o processo de colheita. O monitoramento meteorológico contínuo é fundamental neste momento.”
 
			  
 
									 
									 
									