O início de 2025 foi marcado por um recorde histórico no esmagamento de raiz de mandioca, processo que resulta na produção de fécula e outros derivados. De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), entre janeiro e fevereiro deste ano, foram processadas 398,5 mil toneladas de mandioca, um aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2024 e o maior volume já registrado para o período, desde o início da série histórica, em 2006.
Esse desempenho recorde é impulsionado, principalmente, pelo maior interesse dos produtores em realizar a colheita. Muitos buscam se capitalizar com a venda da raiz ou liberar áreas para novas lavouras. Além disso, a retomada das atividades industriais tem reforçado a movimentação no mercado, contribuindo para o bom ritmo do esmagamento no começo do ano.
No entanto, com a alta oferta de mandioca, os preços da raiz têm mostrado tendência de queda. Entre os dias 17 e 21 de fevereiro, o preço médio da tonelada da mandioca posta fecularia foi de R$ 568,52, uma redução de 3% em relação à semana anterior. No acumulado do mês, a queda chega a 11,7%.
Apesar da redução nos preços, o bom desempenho da produção e o recorde de esmagamento indicam um cenário positivo para o setor.
