Zona rural na América Latina tem 72 milhões de pessoas sem internet de qualidade, diz estudo 

por | maio 11, 2023

Segundo um amplo levantamento do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em parceria com Banco Mundial, Bayer, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Microsoft e a Syngenta, a “boa” conexão alcança apenas 43,4% da população desta região. O estudo foi divulgado segunda (8) e contém dados de 26 países, entre 2020 e 2022.
Por outro lado, de acordo com o estudo, a América Latina tem cerca de 72 milhões de pessoas nos campos que não têm acesso à internet de qualidade. Essa falta de acesso à tecnologia torna difícil para os agricultores se manterem atualizados sobre as mudanças no tempo e no clima, bem como sobre as últimas técnicas agrícolas. Isso pode resultar em perdas significativas na produção de alimentos e afetar a economia em geral. Investimentos em infraestrutura de tecnologia, como a ampliação da rede de internet de alta velocidade, podem ajudar a resolver esse problema e melhorar a qualidade de vida dos agricultores.
 Dentre as discrepâncias apontadas pelo documento, algumas conclusões e encaminhamentos são realizados ao setor público e privado. O documento diz, entre outros, que é preciso saber onde deverá haver investimento desse tipo de estrutura de internet do Estado e onde o esforço deverá haver esforço dos próprios agricultores para a criação do ecossistema digital.
Além disso, o documento traz uma recomendação. “Reduzir o hiato de gênero no acesso à conectividade traz melhorias associadas em termos de atividade produtiva, benefícios econômicos, acesso a bens culturais e serviços que redundam favoravelmente na qualidade de vida e no desenvolvimento. É necessário conhecer melhor os hiatos existentes no acesso das mulheres rurais à telefonia móvel e sobre os usos da mesma. A chegada das Tecnologias da Informação às mulheres promove benefícios que redundam no empoderamento delas e de suas comunidades. Nesse sentido, é necessário cobrir estudos sobre o hiato de gênero rural e promover políticas específicas para mitigar essas disparidades”, finaliza o documento assinado por 39 especialistas no setor.