No Brasil, uma startup francesa chamada NetZero fez parceria com 360 cafeicultores para abrir uma fábrica de biocarvão. A fábrica produz biochar, que é um fertilizante semelhante ao carvão criado pela decomposição do material orgânico da casca do café.
Este fertilizante pode aumentar a produtividade em 33% quando combinado com outros fertilizantes, e também reduz as emissões de CO2 associadas à produção de café em 40%.
O biochar funciona como mini esponjas capazes de reter água e nutrientes no solo, além de gerar um ambiente favorável às bactérias responsáveis por transportar os nutrientes para a planta do café. A empresa aposta também que o produto reduzirá o uso de químicos nas lavouras e, consequentemente, a pegada de carbono do café.
A empresa investiu aproximadamente R$ 20 milhões em uma fábrica em Lajinha, inaugurada nesta quinta-feira, para receber 16 mil toneladas de casca de 360 produtores associados da Coocafé. A matéria-prima será submetida a um complexo processo industrial e decomposta até sobrar apenas o carvão vegetal. O gás gerado pela queima retornará ao sistema e alimentará o fogo, em um modelo circular e sustentável.
Além disso, a Fundação Pró-Café em Franca, Brasil, está estudando um fertilizante organomineral feito de resíduos de cana-de-açúcar que pode aumentar a produtividade do café em até 20%, reduzindo o impacto ambiental
