Play no Agro com Luisa Nogueira faz jornada por regiões produtoras

por | jul 26, 2022

Comecei a missão de iniciar uma jornada incrível sobre os cafés brasileiros.  O foco principal é entendermos porque o café especial brasileiro se tornou uma grande paixão mundial. Confesso que sou um pouco suspeita para falar qualquer coisa a respeito, mas como produtora me surpreendi muito na primeira expedição para esse material, que será um especial no qual percorreremos as regiões produtoras de café do Brasil.

A nossa primeira rota foi no Caparaó mineiro e no Caparaó capixaba, mais precisamente na divisa dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Em um misto de experiências e emoções visitamos fazendas que se dedicam com muito afinco à cafeicultura. Nossa primeira parada foi na cafeteria do Lacerda. O produtor Alan Lacerda nos recebeu com o tradicional queijinho da gastronomia mineira e um cafezinho especial. Essa combinação se tornou a especialidade do lugar. E foi essa bebida que  inspira produtores na região, a ponto de promover concursos inéditos no município de Carangola.

Falando em inspiração, também preciso relatar à vocês a história da produtora Daiane, do Sítio Centenário. Encantadora e extremamente receptiva,  apesar das dificuldades que nos relatou, como produtora, ela é um exemplo claro da força feminina na cafeicultura. O investimento no turismo rural, com a dedicação com que serve o café com bolinho de chuva sabor casa da vovó, torna o lugar ainda mais mágico no Caparaó mineiro.

Mas para falar de pontos mágicos nessa excursão, preciso também destacar as cachaças que tivemos o prazer de conhecer. Em visita às fazendas Charmosa de Minas e  Fazenda Cristal, Daniel Toledo e Sandro Carvalho me apresentaram o verdadeiro sabor da cachaça especial mineira. E preciso confessar que experimentei sabores únicos. A região é realmente um reduto da cachaça mineira e ressalta sabores que você irá encontrar somente ali.

Já que o assunto são os sabores brasileiros, quero destacar alguns que me marcaram bastante, além do café. E vou começar claro, por ela, a  querida doceira Du Carmo, da Fazenda Boa Esperança, do Distrito Divininho, no município de Caiana. Du Carmo nos recebeu na casa dela com um verdadeiro banquete mineiro. O inconfundível franguinho caipira com palmito, e os doces me trouxeram a confirmação de como o nosso cafezinho está verdadeiramente casado com culturas icônicas de cada cantinho desse país. Tivemos nesse almoço, além dos deliciosos sabores de Minas, música boa com o sanfoneiro Zé Paulo, que junto da mulher nos mostrou os artesanatos locais.

Os cafés que conheci na região são exemplos. Amostras sinceras de como o produtor brasileiro busca conhecimento e métodos sustentáveis cada dia mais. Na Fazenda Contrim e d’ Alessandro, o produtor Sérgio Contrim, nos presenteou com uma experiência única que é tomar um café especial na sombra de um Jequitibá de cerca de 500 anos. E cafezinho este que é produzido próximo a uma serra que dá acesso ao Pico da Bandeira.

E essa surpresa agradável também tivemos da Fazenda  Vista da Serra, o produtor Ari  nos permitiu conhecer técnicas de manejo que têm feito o café ser destaque na região.

Já no Caparaó Capixaba conhecemos um casal que cultiva cafés especiais entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Afonso Lacerda e a mulher Altilina são campeões de concursos clássicos do meio e são exemplo de inspiração para cafeicultores que enxergam o setor com um olhar especial.  Eles possuem a tradicional cafeteria do Onofre que recebe os turistas com bolos e pães produzidos pela casa.

A região respira natureza. Principalmente dos ares do  Parque Nacional do Caparaó criado com o objetivo de proteger o terceiro pico mais alto do país, o Pico da Bandeira. Com 2.892 metros acima do nível do mar, ele contorna a região tanto do Caparaó Capixaba, como o mineiro. O Parque recebe visitantes o ano inteiro por conta de suas belezas naturais.

Por falarmos em recepção destaco aqui, a pousadas que nos acolheram. O Lounge Turmalina em Espera Feliz- MG, e o Recanto da Preguiça e Restaurante Picanha Dourada em Dores do Rio Preto no Espírito Santo. Ambas com muito conforto, é um acolhimento incrível nos mostraram mais sobre a gastronomia da região.

E essa primeira expedição foi totalmente off-road com Chico Combatente. Um empreendedor local, responsável pela Rota do Café e da Cachaça, que nos apresentou o Caparaó como verdadeiramente deve ser conhecido.

Teremos novas expedições Play no Agro para contarmos sobre o café e as culturas que o cercam.

Não preciso nem te lembrar de vir dar Play no Agro comigo né?!